A relação de enfrentamento de eventos estressantes com a qualidade de vida e desempenho físico em idosos longevos

Eventos estressantes com a qualidade de vida e desempenho físico em idosos longevos

Autores

  • Gisllaine de Jesus Santana Universidade São Judas Tadeu
  • Carla Witter Universidade de São Paulo
  • Adriana Machado Saldiba de Lima Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.
  • Marta Ferreira Bastos Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT
  • Leila Regina de Castro Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT. https://orcid.org/0000-0002-3217-7367
  • Illana Patricia da Silva Queiroz Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu (USJT)
  • Guilherme Carlos Brech Pós-Graduação Strictu Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT
  • Angelica Castilho Alonso Programa de Mestrado Ciências do Envelhecimento da USJT https://orcid.org/0000-0002-9644-5068

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2022v25i1p209-225

Palavras-chave:

Envelhecimento, Qualidade de Vida e Transtornos Traumáticos de Estresse.

Resumo

A singularidade existente no processo de envelhecimento nos faz refletir sobre a força de eventos estressores e seus impactos na saúde física e mental do idoso. O presente estudo busca compreender a relação de enfrentamento de eventos estressantes com a qualidade de vida e desempenho físico de idosos com mais de 80 anos. Como métodos: O estudo foi composto por 104 idosos com idade ≥ 80 anos, de ambos os sexos. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico; questionários de qualidade de vida, Whoqol-Brief e Whoqol-Old; questionário de enfrentamento de eventos estressantes; e Short Physical Performance Battery (SPPB), que avalia desempenho físico: equilíbrio, marcha e força muscular de membros inferiores. Como resultados, houve correlação negativa entre desempenho físico e finitude r = -283(0,006) e transição r = -210 (0,042) e correlação positiva entre participação social r=, 291(0,009). No que se refere à QV, houve correlação negativa entre domínio físico e bem-estar (r = 260 (0,01) e meio ambiente r = -237(0,02) e correlação positiva entre autonomia e finitude (r = 303(0,009). Conclui-se que um bom desempenho físico está ligado a uma melhor qualidade de vida, uma vez que ambos são capazes de afetar a maneira com que o idoso vai lidar com eventos estressores. O desempenho físico também está atrelado à capacidade de sociabilidade, uma vez que o afeto construído na participação das atividades físicas tem a capacidade de promover motivação entre os idosos.

Biografia do Autor

Gisllaine de Jesus Santana, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga formada pela Universidade São Judas Tadeu, USJT.

ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-3263-2999

 

Carla Witter, Universidade de São Paulo

Psicóloga, Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), consultora e coordenadora do Curso de Psicologia da Faculdade de São Bento.

 

Adriana Machado Saldiba de Lima, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

 - Nutricionista, Doutora em Ciências pelo programa de Endocrinologia da FMUSP. Pós-Doutorado pela FMUSP e pelo Diabetes Research Program da New York University, Langone Medical Center, New York, EUA. Atualmente é coordenadora e docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-5741-3418

 

Marta Ferreira Bastos, Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT

- Biomédica, Doutora pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP. Atualmente é vice-coordenadora e docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

 

Leila Regina de Castro, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

 - Profissional de Educação Física, Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-3217-7367

E-mail: leila.castro@ijc.org.br

Illana Patricia da Silva Queiroz, Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu (USJT)

Enfermeira, Graduada em Enfermagem pela Universidade CEUMA em São Luís-MA. Especialista em Saúde Coletiva com Ênfase em Saúde Pública e Especialista em Educação Continuada e Permanente em Saúde. Mestranda em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu (USJT).

ORCID iD: https://orcid.org/0000-0001-9546-3590

 

Guilherme Carlos Brech, Pós-Graduação Strictu Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT

Fisioterapeuta, Mestre e Doutor em Ciência pelo programa de Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Pós-Doutor em Ciência do Envelhecimento, Universidade São Judas Tadeu (USJT). Pós-Doutorando em Ciência, programa de Ortopedia e Traumatologia pela FMUSP e Ciência do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Pesquisador do Laboratório do Estudo do Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP. Atualmente é Professor do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Ciências do Envelhecimento da USJT.

ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-0403-0632

 

Angelica Castilho Alonso, Programa de Mestrado Ciências do Envelhecimento da USJT

 - Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta, Mestre e Doutora em Ciência pelo programa de Fisiopatologia Experimental pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pós-Doutorado em Ciência pelo programa de Ortopedia e Traumatologia pela FMUSP. Pesquisadora Assistente do Laboratório do Estudo do Movimento do IOT-HC- FMUSP. Docente do Programa de Mestrado Ciências do Envelhecimento da USJT.

 

E-mail: 

Referências

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Publicado

2022-10-31

Edição

Seção

Artigos